O Tribunal de Justiça (TJ-RS) determinou, na terça-feira, a liberdade de um homem de 47 anos suspeito de ter tentado matar, com um punhal, uma policial durante um confronto no último sábado em Júlio de Castilhos.
Ele teria derrubado a policial depois de ter sido atingido por munição antimotim, após ter avançado contra ela com a arma, e só parado quando foi ferido na perna com munição letal, disparada por um colega dela.
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O confronto começou entre seguranças da América Latina Logística (ALL) e um grupo de 15 pessoas que, supostamente, estaria tentando furtar a carga de vagões de trem que passavam por Val de Serra, interior de Júlio de Castilhos. A Brigada Militar (BM) foi acionada, e a policial acabou sendo atacada.
Conforme o TJ, o suspeito está livre para responder pelo crime em liberdade desde que pague fiança de um salário mínimo, ou seja, R$ 880.
Jovem é baleado na cabeça em confronto com seguranças da ALL em Júlio de Castilhos
Até a tarde desta quarta, o suspeito permanecia preso no Presídio Estadual de Júlio de Castilhos porque não teria condições de pagar o salário mínimo. Por isso, a Defensoria Pública teria solicitado a isenção. Se a solicitação for aceita, ele será libertado sem precisar pagar a fiança.
A mesma decisão dá conta de outro suspeito de tentativa de homicídio, um jovem de 27 anos que foi baleado na cabeça e está internado em estado grave no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Ele foi encontrado pela BM já ferido e teria sido atingido pelos seguranças durante o confronto. Ele também teria atacado os seguranças da ALL.
A delegada Alessandra Padula explica que é possível dizer que a confusão entre o grupo e os seguranças começou a partir do meio-dia daquele dia.
– Há a suspeita de que existe um histórico de abuso, já há algum tempo, tanto dos seguranças quanto dos moradores. Um carro, supostamente de uma pessoa desse grupo, foi vandalizado. Essas pessoas tentam furtar os vagões. O problema existe por onde os vagões passam, tanto nas regiões de Júlio de Castilhos como de São Martinho da Serra – diz a delegada Alessandra.